
Impactos
IMPACTOS DA FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFESSORES E PROFESSORAS DA EDUCAÇÃO BÁSICA LOTADOS NA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO ESTADO E SECRETARIAS MUNICIPAIS COM FOCO EM ALFABETIZAÇÃO, LETRAMENTO E PRODUÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO[1]
Iniciamos em 2014/2015 com 15 (quinze) municípios, foi dado continuidade em 2015/2016 , 2016/2017 incorporamos mais 3 (três) na Bahia e 01 (um) no Estado de Pernambuco, totalizando 19 municípios alcançados. Em 2018 continuamos com 19 (dezenove) atuando na Rede Saberes Indígenas na Escola no Território Etnoeducacional nos municípios de: Euclides da Cunha, Gloria, Muquém do São Francisco, Rodelas, Paulo Afonso, Sobradinho, Serra do Ramalho, Ibotirama, Banzaê, Abaré, Curaçá, Cotegipe, Águas Belas – PE, Ilhéus, Buerarema, Prado, Santa Cruz de Cabrália, Pau Brasil, Porto Seguro.
[1] Fonte para estes dados foram retirados do Relatório 2019 da Ação Saberes Indígenas na Escola/ UNEB/MEC SECADI.

Envolveram-se na Ação 30 escolas na primeira fase, 31 na segunda, 40 na terceira e 52 na quarta fase. Mesmo sem receber os recursos previstos pelo convênio número 808743/2014 entre FNDE – UNEB para as regiões norte e oeste, na Ação Saberes aumentamos o número de escolas alcançadas no Estado da Bahia, além de incorporar mais três Escolas do Município de Águas Belas no Estado de Pernambuco por solicitação do Povo Fulni-ô, o que evidencia a responsabilidade dos sujeitos para com a Ação, como também a percepção dos Povos indígenas do quanto é possível realizar e construir quando se estrutura ações que atendem as necessidades escolares de acordo com o fazer dos próprios indígenas.

Em relação à participação dos povos houve uma adesão significativa. Em 2014 tínhamos 11 (onze), 2015 esse número aumentou para 13 (treze), 2016 subiu para 14 (quatorze) e 2018 aumentou para 15 (quinze) povos indígenas no Estado da Bahia: na região oeste: Kiriri[1] Muquém do São Francisco, Tuxá[2] Ibotirama, Tuxá Muquém do São Francisco, Atikum Cotegipe e Pankaru, ao norte da Bahia: Kiriri Banzaê, Kaimbe, Tuxá Banzaê, Truka Tupan, Kantaruré, Pankarare, Xucuru Kariri, Tumbalalá Abaré, Tumbalalá Curaçá, Tuxi, Tuxá de Rodelas, ao sul e extremos sul do Estado: Pataxó, Pataxó Hã Hã Hãe e Tupinambá que são acompanhados pelo IFBA de Porto Seguro, integrante em nossa Rede, e trouxemos para a Ação o Povo Fulni-ô do Estado de Pernambuco. É importante destacar que só participa da Ação os Povos que tem escolas indígenas em suas comunidades, neste ponto observa-se uma adesão gradativa entre 2014 a 2018. No ano 2017 foi incluído o Povo Fulni-ô do Estado de Pernambuco, dando continuidade no ano 2018.
[1] Os Kiriri estão distribuídos em diversas aldeias ao norte e oeste da Bahia.
[2] Após a construção da usina de Itaparica pela Companhia Hidroelétrica do São Francisco – CHESF houve a diáspora do Povo Tuxá se espalhando pelas regiões norte e oeste do Estado além de outras regiões do Brasil.

Observa-se também o aumento gradativo e bastante significativo do número de professores que integraram à Ação nos últimos anos, destacando para o ano em curso. Em 2014 apenas 260 (Duzentos e sessenta) professores integraram a Ação, 2015 aumentou para 473 (Quatrocentos e setenta e três), na fase 2016/2017 foram 542 (Quinhentos e quarenta e dois) e em 2018 556 (Quinhentos e cinquenta e seis) professores indígenas atuando na da formação continuada da Ação na Rede Saberes.

O grupo de trabalho formado por mediadores/formadores e pesquisadores é composta por professores indígenas e não indígenas vinculados a Universidade do Estado da Bahia – UNEB, a Secretaria de Educação do Estado – SEC/BA, Núcleo Territorial de Educação de Paulo Afonso – NTE 24[1], Instituto Federal da Bahia – IFBA/Porto Seguro, Instituto Federal do Sertão de Pernambuco – IFPE. Este grupo é responsável pelos estudos, encontros de formação, coordenação do material didático e pesquisas. Apesar de termos aumentado consideravelmente a quantidade de professores indígenas na Ação, não houve um aumento proporcional na equipe de formação e pesquisa. Desta forma temos em 2014/2015 o quantitativo de 31(trinta e um) professores formadores, 2015/2016 ficamos com 29 (vinte e nove), em 2016/2017 conseguimos aumentar apenas para 35 (trinta e cinco) e 2018 tivemos uma redução significativa, contando apenas com 24 (vinte e quatro) professores na equipe de formação para atender toda Rede.
[1]Núcleo Territorial de Educação é a nomenclatura dada as diretorias territoriais no Estado da Bahia

Os orientadores, nomenclatura dada pela formatação original da proposta, é o grupo de professores indígenas que também realizam os estudos de formação e fazem a mediação dos encontros nas escolas das aldeias para os outros professores. São como multiplicadores da Ação. Este grupo também coordena a pesquisa, síntese e orientação para a elaboração de material didático nas comunidades que retorna À UNEB ou IFBA/Porto Seguro para o tratamento técnico da equipe. No grupo de orientadores ligados ao núcleo da UNEB, tivemos um quantitativo de 26 (vinte e seis) professores na primeira fase, 44 (quarenta e quatro) na segunda, 52 (cinquenta e dois) na terceira e na quarta fase foram 53 (cinquenta e três).

Na primeira fase em 2014/2015 a equipe gestora contava com 24 (vinte e quatro) pessoas no total para acompanhar todo território, em 2015/2016 este número elevou para 25 (vinte e cinco), em 2016/2017 para 28 (vinte e oito), mas no ano 2018 só tivemos 23 (vinte três). Mesmo aumentando o número de escolas, professores e abrangência territorial não conseguimos aumentar proporcionalmente a quantitativo na equipe gestora. Esta equipe tem a função de acompanhar as atividades nos territórios, as formações, acompanhar os professores orientadores, assim como articular com gestores locais (secretarias municipais de educação, núcleos territoriais e outras instituições) a logística necessária para a Ação se desenvolver nas comunidades e região.

No decorrer do processo a equipe foi sentindo a necessidade de aumentar a carga horária de formação dos orientadores; em 2014/2015 tivemos 224 (duzentos e vinte e quatro) horas, em 2015/2016 aumentamos para 230 (duzentos e trinta) e em 2016/2017 para 265 (duzentos e sessenta e cinco horas) e 2018 aumentamos significativamente para 380 (trezentos e oitenta) com muito estudo, planejamento e pesquisa.

Nas aldeias também gradativamente foi aumentando a carga horária que inicialmente era de 180 horas em 2014/2015 e nos anos seguintes foram 200 horas, mas em 2018 a carga horaria foi reduzida para 180 horas.

Com a adesão de outros povos consequentemente cresceu também a extensão territorial atendida pela Ação, desta forma tivemos em 2014/2015 um quantitativo de 31 comunidades indígenas, em 2015/2016 este quantitativo aumentou para 52, em 2016/2017 ficamos com 56 e em 2018 tivemos um acréscimo significativo para 73 comunidades atuando na Ação Saberes Indígenas na Escola.
