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II CONEEI

Conferência Estadual de Educação Indígena

Com o tema Sistema Nacional de Educação e a Escola Escolar Indígena: Regime de Colaboração, a II CONEEI – Conferência Estadual de Educação Indígena, etapa regional entre aldeias. Este o evento traz o tema: Participação e autonomia dos povos indígenas e foi realizado na Aldeia Xucuru Kariri, povoado Quixaba, município de Paulo Afonso. O objetivo principal desta edição é avaliar os avanços, impasses e desafios da Educação Escolar indígena a partir do documento base retirada da I CONEEI.

Mandaram representantes as aldeias Pankararé, Pankararu Quixaba Katuipanká, Kantarurpe Batida, Kantaruré Baixa das Pedras, Truká Tupan, Tuxá e Xucuru Kariri. Desta forma, as aldeias têm papel fundamental na formulação de propostas, bem como seu envio para que possa compor a política nacional de Educação Escolar Indígena. Neste sentido, o evento vem para reafirmar o direito dos povos indígenas a uma educação diferenciada, específica, bilíngüe/multilíngüe.

Nesta edição a II CONEE apresenta os seguintes eixos:

 

I – Organização e Gestão da Educação Escola Indígena;

 

II – Práticas pedagógicas diferenciadas na Educação Escolar Indígena;

 

III – Formação e valorização dos professores indígenas;

 

IV – Políticas de atendimento á Educação Escolar Indígena na Educação Básica;

 

V – Educação Superior e Povos Indígenas.

A professora Floriza Sena foi convidada para moderar o grupo de trabalho Educação Superior e Povos Indígenas, além de ser delegada oficial da II CONEEI, a pesquisadora do Opará tem longa atuação na militância, no debate e na formação dos povos e comunidades tradicionais que fazem parte do quadro de discente da UNEB Campus VIII. Antes de iniciar a elaboração das propostas, Floriza colocou a importância da união dos estudantes para que as bandeiras de luta não se percam com seu ingresso na vida acadêmica, tendo o aumento da demanda e a logística de deslocamento e produção de trabalhos.

A maioria dos estudantes mora nas aldeias e necessitam diariamente no mínimo de dois transportes para chegar a universidade diariamente. No grupo foi feito a leitura do documento base, bem como as perguntas essenciais que se produza propostas contextualizada com a realizada e que promova no mínimo o debate sobre as soluções possíveis para melhorar o transporte diário. No entanto é preciso cuidar que as propostas encaminhadas para as políticas públicas estejam claras e dentro da realidade local.

 

O Grupo conseguiu elencar as seguintes propostas.

Como garantir o acesso e permanência nas universidades?

  • Criar universidades indígenas;

  • Criar coordenações indígenas dentro das universidades regulares;

  • Criar novos cursos específicos;

  • Criar residências específicas para os indígenas;

  • Ofertar bolsas de permanências;

  • Oferecer transporte para facilitar o deslocamento para as universidades;

  • Criar critérios específicos que respeite a realidade e o contexto dos povos indígenas;

  • Criar cursos técnicos e superiores específicos.

  • Estimular a criação de coordenação indígena e laboratórios indígenas, como a criação de Pró-reitorias;

  • Produzir material bibliográfico específico para inserir nas bibliotecas.

Ações que qualificam os índios e não índios na universidade?

  • A comunidade precisa acompanhar o aluno indígena na universidade;

  • Se organizar enquanto povo indígena dentro da universidade;

  • Reunir as pesquisas e línguas para compartilhar entre os pesquisadores indígenas das universidades;

  • Inserir a temática história e cultura indígena nas universidades;

Como assegurar a oferta de cursos específicos?

  • A criação dos grupos precisa envolver a participação dos indígenas;

  • Reunir as lideranças indígenas na construção dos projetos de licenciatura;

  • Abrir espaço para professores indígenas;

  • Estimular o investimento financeiro e estrutural dos cursos de licenciatura.

 

Como articular as ações dos cursos de licenciatura e práticas educativas desenvolvidas nas universidades?

  • Descentralizar os cursos de licenciatura;

  • Fazer funcionar o tempo da comunidade;

  • Que haja presença nas licenciaturas dos sábios das comunidades;

  • Criar mecanismos para garantir o pagamento de aulas dos sábios das comunidades nas universidades;

  • Fazer dos saberes indígenas um projeto permanente que estejam aliados as licenciaturas.

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