

TERRITÓRIO YBY YARA
Formação nas Aldeias

RELATÓRIO DO ENCONTRO DOS PROFESSORES CURSISTAS NA ALDEIA KIRIRI – MIRANDELA
Por: Edivânia Batista Almeida Kiriri, Elaine Batista Almeida Kiriri e Paula Batista de Almeida Kiriri
O programa saberes indígena na escola tem ajudado muito as comunidades no desenvolvimento dos conhecimentos tradicionais, pois a cada formação se aborda um tema que está sempre direcionado ao desenvolvimento a cultura, a tradição e ao cotidiano de nossas comunidades. Contudo o encontro realizado neste período de 17 e 18 de março foi de grande relevância, pois, foi abordado à questão do PPPEI. Atualmente a escola juntamente com a comunidade é a mediadora e uma ponte para revitalizar e preservar a identidade do nosso povo, ajudando na reflexão da nossa importância como membros do mundo natural e social e do que é mais importante para nossa existência.
Pensar e construir um Projeto Político Pedagógico Indígena diferenciado é um desafio, e não é algo fácil, durante a formação foi discutido o que já sabíamos sobre o PPP, discutiu-se também o conteúdo de um PPP que as escolas têm que ter e o PPPEI que as escolas indígenas precisam ter, pois PPPEI é uma memoria, um plano do que se precisa para continuar, foi um tema bem debatido, pois os cursistas interagiram com o tema, respondendo questionários, como nossa escola já tinha um PPPEI, foram através do debate revisado sobre o que ainda precisaria ser colocado.
Foram discutidas questões a cerca do que esta faltando para reforçar a presença da comunidade na escola, pois a cada dia esta ficando mais raro essa cumplicidade. Refletiu-se propostas a cerca da aprendizagem dos estudantes e a importância de trazer com mais frequência os anciões para este ambiente.
Além disso, fizemos breve debate e diálogos em grupos sobre a importância do PPPI para as nossas escolas e o que deve constar no mesmo, pois, é um documento continuo, que toda escola deve ter, nos grupos de atividades os cursistas fizeram relatos, leitura de textos, responderam as questões propostas e a partir dessas analises perceberam que o que tinham não atendia as necessidades da escola. Diante disso o PPPI vem sendo construído coletivamente, para só assim, podermos organizar o espaço de aprendizado, o trabalho pedagógico da equipe educativa, na qual supre as necessidades da comunidade escolar.
Por tanto a formação foi de grande importância para refletirmos nossa pratica tanto na comunidade como em sala de aula.













FORMAÇÃO DA ALDEIA TUXÁ BANZAÊ
Por: Iara Tuxá Banzaê
Este relato é o resultado da experiência do encontro dos professores indígenas da Aldeia TUXÁ BANZAÊ com o tema PPPEEI (Projeto Político Pedagógico em Educação escolar Indígena) que tem como finalidade a identidade escolar de cada povo especifico. Iniciamos com uma dinâmica do conhecer o seu vizinho com o objetivo de qualificar e reconhecer a importância da coletividade e as perdas com o individualismo. Foram momentos de descontração e muitos elogios que muitas vezes não temos tempo de reconhecer no outro que esta sempre ao nosso lado.
Em seguida foi apresentada a pauta do dia, onde como orientadora da turma fiz uma apresentação da Ação Saberes Indígenas na escola, seu objetivo maior e toda sua importância como pesquisa, aprendizado e conhecimento. Foi apresentado todas atribuições e compromisso tanto do orientador e principalmente dos professores. Enfatizamos principalmente a questão da bolsa como sendo uma ajuda de custeio para as pesquisas realizadas pelos professores atuantes no projeto e frisamos a importância principal “ O Conhecimento e aprendizado” da Ação Saberes é mais valoroso do que a quantia recebida no valor de 200,00 para cada bolsista.
Houve falas a respeito de conscientizar a importância da Ação e das produções construídas pelos professores em exercício na sala de aula trabalhadas com os alunos diariamente. No momento aberto aos professores foi lembrada a importância do Projeto Político Pedagógico que esse documento é a identidade de um povo suas especificidades e suas características próprias tudo se encontra nesse documento, a professora Elzimar ressaltou a belíssima construção do documento elaborado com ajuda da comunidade escolar e da própria comunidade em geral, cada ponto apresentado no documento foi uma volta ao túnel do tempo.
A professora Ilclenia ressaltou a importância da atualização do documento anualmente e que era de fundamental importância a colaboração de todos. O encontro transcorreu com a continuação da pauta, onde se falou da produção do material, onde foi dividida a turma por series e disciplinas, por exemplo, num determinado grupo ficaria os pros de alfabetização e presinho com a disciplina de português. Foi lançada a ideia de construir material de acordo com o dia a dia, um determinado tema trabalhado dentro do plano de curso ser construído baseado na vivencia sem fugir do contexto e as atividades seriam baseadas no próprio tema, diferenciando a metodologia dentro das próprias atividades, na questão da disciplina de matemática focar a vivencia e os números, chegou-se a conclusão que as aulas praticas surtia mais efeito na aprendizagem do aluno, onde através dos jogos confeccionados pelos professores e alunos se trabalharia os números e as quatros operações, a visita aos roçados e cisternas, trabalharia as figuras geométricas.
Ficou acertado que as produções aconteceriam mediante as próprias aulas nas determinadas disciplinas e com base na carga horária distribuída para cada dia da semana, foi questionado com faria com o fundamental I e o ensino médio, a diretora Ilclenia salientou a ideia da produção de um material também especifico para o ensino médio. Os professores TUXA BANZAÊ manifestaram em suas falas em relação à construção do material os aspectos sociais universal, sem deixar de focar nas particularidades do conhecimento diferenciado e linguístico do letramento. Nossa comunidade escolar atualmente recebe um publico de outras realidades indígenas e não indígenas diferenciadas então têm-se a preocupação de atender as expectativas de aprendizagem de todos, e a construção desse material especifico é de suma importância e de grande apoio com subsidio dentro da nossa escola.
No decorrer da apresentação da pauta foi lembrada a importância da presença e da frequência, sem o compromisso desses dois itens não teria a permanência no projeto. Nas falas dos nossos professores percebeu-se a dificuldade dos alunos em relação à leitura, ortografia e todos por sua vez se mostraram empenhados em encontrar metodologias diferenciadas para que essa dificuldade seja sanada, já interligando essas novas metodologias nas produções que farão diárias para o projeto saberes indígenas. Em nossa avaliação o encontro foi muito proveitoso com troca de conhecimentos entre os presentes.
FORMAÇÃO PPPEI NA ALDEIA XUCURU KARIRI E TRUKÁ TUPÃ
Por: Telma Cruz Xucuru Kariri
A formação de março da Ação Saberes Indígenas na Escola aconteceu nos dias 20 a 21 na aldeia Xucuru Kariri com os professores dos povos, Xucuru Kariri e Truka Tupan, tendo como temática a construção do Projeto Político Pedagógico. Iniciamos as atividades com a apresentação do vídeo “Muito desgaste sem planejamento” e assim foi aberta, discussões sobre planejamentos. As questões norteadoras apresentadas abriram espaço para cada um colocar seu ponto de vista sobre o Projeto Político Pedagógico.
A leitura do texto e discussão “Projeto Político Pedagógico”, reforçou o entendimento de todos sobre este documento norteador da ação educativa. Foi solicitado um diagnóstico da comunidade local em que a escola está inserida, primeiro elemento fundamental para composição do PPPEI, feita a divisão das equipes e tópicos do diagnostico. O segundo dia 21/03 começou com a conclusão dos trabalhos do dia anterior e em seguida apresentação das equipes sobre o diagnostico da comunidade e marco situacional de todo o histórico da UEE. Apresentação e reflexão do vídeo “ Cultura Indígena” e memoria da formação.
FORMAÇÃO DOS PROFESSORES CURSISTAS NA ALDEIA PANKARARÉ
Por: Leidizu Rodrigues Barros Pankararé
Dezessete e Dezoito de abril fizemos nosso Encontro de Formação da Aldeia no Colégio Estadual Indígena Ângelo Pereira Xavier. Iniciamos os trabalhos com um ritual de abertura e uma roda de TORÉ para nossos trabalhos serem abençoados pelos nossos Encantados. De início trabalhamos algumas questões norteadoras onde cada um fez uma breve reflexão acerca dos conhecimentos sobre o PPP para assim dar início a apresentação do slide que veio contextualizar as definições e importâncias da elaboração do PPP e finalizando com um vídeo para melhor compreensão do conteúdo. No período da tarde iniciamos com uma dinâmica (O laço e o abraço) e logo em seguida trabalhamos com um texto sobre o PPPI para depois fazer a apresentação em slide da Educação Intercultural e logo após em grupos trabalhamos algumas questões reflexivas para melhor compreensão e finalizamos o dia com a apresentação das Diretrizes Curriculares Nacionais Para Educação Escolar Indígena e o PPP.
O segundo dia de formação teve início com o ritual cultural de abertura em seguida fizemos a dinâmica “Comparando Imagens”, onde cada um visualizava em uma caixa um espelho e uma foto de um praia fazendo a reflexão da ligação da sua própria imagem com a imagem do praia e assim refletindo a seu papel cultural na comunidade. Realizamos a Oficina PPPEI - Avaliação e finalizamos os trabalhos com a elaboração do cronograma das equipes de trabalhos que irão dar início na elaboração do PPPI. O dia finalizou com o ritual de encerramento e uma roda de toré.















